Dia dos Namorados: seis dicas para fortalecer o relacionamento
Especialistas explicam como pequenas atitudes - e a ausência delas - podem afetar a saúde emocional da relação

(Via Extra) O Dia dos Namorados chegou e, enquanto para muitos esse é um momento de celebração, outros acabam esquecendo a data ou não ligam. Quando um dos lados esquece algo importante para o outro, a decepção pode vir acompanhada de reflexões profundas: será que estamos na mesma sintonia? Por que me sinto tão negligenciado(a)? Estou exagerando ou realmente há um desequilíbrio aqui? Confira abaixo seis dicas para fortalecer o relacionamento!
“Acredito que o mais importante é entender o que está por trás da frustração. O problema não está no esquecimento da data em si, mas na falta de presença afetiva contínua. As relações não vivem só de ocasiões especiais, mas da construção diária”, comenta Brunna Dolgosky, psicóloga e hipnoterapeuta.
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Já para a advogada e terapeuta especializada em gênero, Mayra Cardozo, as mulheres foram ensinadas a cuidar da saúde emocional da relação. “Quando o outro não se responsabiliza por isso, ela a a sentir que está em um relacionamento sozinha”, complementa.
A seguir, as especialistas trazem dicas práticas para ajudar quem deseja fortalecer o vínculo afetivo – e entender quando ele já está pedindo socorro. Confira:
1. Não é sobre a data, é sobre o significado
“Esquecer o Dia dos Namorados pode parecer irrelevante para quem não dá valor à data, mas para o outro, pode ser o reflexo de um padrão de ausência emocional. Mais do que lembrar da data em si, é preciso demonstrar presença afetiva no cotidiano. Gestos simples, atenção no dia a dia e demonstrações espontâneas de carinho constroem mais do que qualquer presente ou jantar especial”, comenta Brunna Dolgosky.
2. Cuidado com a assimetria emocional
“Quando apenas uma pessoa se preocupa em manter a conexão afetiva, isso não é só diferença de perfil – é desigualdade emocional. As mulheres, muitas vezes, aprendem a se responsabilizar sozinhas pela qualidade da relação. Mas o cuidado emocional precisa ser compartilhado. Se só um lado se esforça, a relação vira um fardo”, explica Mayra.
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3. Tradução afetiva é fundamental
“Cada pessoa tem uma forma diferente de expressar afeto. Algumas valorizam palavras, outras ações, outras ainda, datas comemorativas. O problema acontece quando esperamos que o outro ame exatamente como nós. Entender e respeitar essas diferenças – e tentar encontrar uma linguagem comum – é essencial para evitar frustrações desnecessárias e promover conexão”, entende Brunna.
4. Seus sentimentos são válidos – sempre
“Sentiu dor, incômodo ou decepção? Isso é legítimo. Não importa se o outro achou que era “besteira” ou “drama”. Quando algo nos machuca, é importante olhar para isso com respeito. Muitas mulheres foram ensinadas a engolir suas emoções para manter a paz. Mas invisibilizar o que se sente só adia o conflito – e aumenta o desgaste”, complementa Mayra.
5. Não transforme a conversa em acusação
“A forma como você traz o incômodo faz toda a diferença. Conversas iniciadas em tom de ataque normalmente terminam em defesa ou fuga. Em vez de dizer “você nunca lembra das coisas”, experimente: “quando você esqueceu, eu me senti deixada de lado”. Essa simples mudança de abordagem abre espaço para escuta, empatia e mudança real”, diz Brunna.
6. Cuidado com padrões invisíveis
“Nem todo conflito com a sogra é sobre rivalidade pessoal – às vezes, é sobre um roteiro social que coloca mulheres em lados opostos. Muitas noras se sentem cobradas, comparadas ou hostilizadas, não por quem são, mas pelo papel que representam. Compreender essas estruturas patriarcais ajuda a separar o que é um conflito real do que é um padrão herdado – e protege a relação do casal”, completa Mayra Cardozo.
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