Empresária é indiciada por acidente que matou DJ em Goiânia
A investigada foi indiciada por homicídio culposo e lesão corporal

A empresária Samara da Costa Coelho Fortes, de 33 anos, foi indiciada por homicídio culposo e lesão corporal após um grave acidente ocorrido na noite de 25 de abril, em Goiânia. De acordo com a investigação, ela conduzia a caminhonete em alta velocidade pela Perimetral Norte quando perdeu o controle da direção, atravessou o canteiro central e atingiu uma motocicleta. O impacto resultou na morte do DJ Martinho Douglas dos Santos, de 34 anos, e deixou ferida a ageira Nathielle Oliveira Costa, de 18.
Martinho Douglas que também trabalhava como motorista de aplicativo, naquela noite tinha aceitado uma corrida e estava levando Nathielle para casa após ela sair do trabalho. A caminhonete de Samara ainda bateu em árvores e em um caminhão antes de atingir a moto. Testemunhas afirmaram que a empresária estava em alta velocidade e câmeras de segurança confirmaram o excesso. Uma das testemunhas chegou a dizer que o veículo poderia estar a 180 km/h.
No local do acidente a indiciada se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas um exame clínico feito no IML apontou que ela não estava embriagada. Durante uma vistoria, a polícia encontrou duas garrafas de vinho lacradas no veículo. Um parente da empresária ainda tentou retirá-las da caminhonete, mas foi impedido. A defesa alegou que o carro havia ado por manutenção recente nos freios e direção, mas isso não foi apontado oficialmente como causa do acidente.
Na época dos fatos, a defesa pediu que a oitiva fosse feita por videoconferência, alegando abalo psicológico. No entanto, a solicitação foi negada pelo delegado e a empresária optou por ficar em silêncio durante o depoimento.
A defesa de Samara afirmou segue emocionalmente abalada, sob cuidados médicos, mas está disposição para colaborar com a Justiça e as famílias das vítimas.
Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Ministério Público de Goiás (MP-GO), que agora irá analisar as provas reunidas pela Polícia Civil e decidir se oferece denúncia contra a empresária à Justiça.
O Mais Goiás tentou contato com a defesa da investigada e não obteve sucesso até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestações.
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